Tempestade

Hoje 'tou numa de vespertina. São 3:30 da manhã e eu sem sono nenhum. Pela janela vejo alguns relampagos mas o barulho chega muito depois. Quer dizer que deve vir aí tempestade mas ainda está longe. O calor continua mais que muito.
Ontem tive um dia descansado. Levantei-me tarde, ao contrário do costume, fui tomar o pequeno almoço (cafe doble e dos medialuna - 'tou a ficar viciado com os croissants argentinos) e resolvi ir passear para o grande parque da capital. Dentro desse parque existe um jardim japonês que foi a minha perdição. Muito bem arranjado com motivos japoneses, claro, foi oferta da comunidade ao povo de BA. E está muito bem tratado... paga-se 5 pesos à entrada, o que não é muito normal por aqui, mas vale até ao último centavo. Tirei umas fotos que espero ficarem boas e que depois publico.
À noite fui jantar a um restaurante polaco. Claro que tive de comer os nhoquis do dia 29: é uma tradição argentina que diz que neste dia do mes se deve comer nhoqui metendo uma nota debaixo do prato para atrair mais dinheiro. Meti uma de 100 pesos, pelo sim, pelo não... só à cause des choses, como diria o outro.
Parece que a tempestade vai chegar brevemente. Os raios estão cada vez mais fortes. O melhor é ir indo pra dentro e desejar-vos um carnaval cheio de páscoas.
Bêjos e abraços

O turismo

Tal como já previa esta cidade tem imenso turismo. Vêem-se pessoas de toda a parte e, sobretudo, imensos brasileiros.
Ontem foi o dia de ir ao ponto mais turístico da cidade: o bairro de La Boca. Acho que já toda a gente viu fotografias das casas super-coloridas... todas pintadas com cores garridas e feitas de chapa e madeira. Penso que do antigo bairro já pouco existe de colorido a não ser as 2 ou 3 ruas pra turista ver. Hiper-super-turisticalizado!!! Por todo o lado se tenta fazer negócio... as tais casas coloridas são agora uma espécie de casas-museu mas com imenso negócio desde o produto típico à t-shirt do Ché (que, por sinal, até era argentino). Na rua há de tudo um pouco: restaurantes com dançarinos gauchos, sósias do El Pibe prá foto, homens e mulheres estátuas, pintores de rua, etc...
À volta de todo este banzé pareceu-me ver, posso estar engando, uma grande miséria... casas a cair de podre, muito mendigo dormindo à sombra...
Pelo que me contaram este bairro nasceu dos emigrantes italianos (a maior comunidade de emigrantes aqui) que, com saudades das suas terras decidiram pintar as casas de cores garridas... pode ser que sim... mas era gente pobre que vinha na busca da fortuna e que, a maior parte, continuaria na mesma miséria que tinha nos países de origem... e parece que pelo menos essa parte se mantém. A miséria é muita. Aconselham os turistas a não sair daquelas 2 ou 3 ruas porque pode ser perigoso... e mais não digo.
Em contraste com isto passei também no Puerto Madero que é a zona mais nova da cidade, com muitos arranha-céus e outros em construção... restaurantes caros, zona financeira e de apartamentos pra gente rica que devem ter uma vista fabulosa sobre o Rio de La Plata.
A propósito de rio ainda não lhe consegui deitar a vista... parece que é difícil aqui na cidade que vive completamente de costas pra ele. Calhando vou ter que sair daqui para o conseguir ver.
Até à proxima, priminhos!!!

Primeiras impressões

Buenos Aires é uma grande metrópole moderna. Enormes avenidas, grandes arranha-céus, grandes jardins...
As pessoas são muito simpáticas e comunicativas... um típico comportamento latino. Tudo abre tarde, em comparação, e fecha tarde.
Os transportes públicos são baratissimos. O metro (conhecido aqui como "subte")foi o que usei mais. Uma viagem custa 0,20€... uma ninharia comparados com os 1€ em Lisboa e não sei quantos no Porto, em contrapartida não há nada do tipo "passe". Podem-se comprar bilhetes com 5 viagens mas ao mesmo preço. É justo. Dizem-me que é uma chatice para quem vive aqui e tem que comprar todos os dias os bilhetinhos pró autocarro e metro...mas enfim, não se pode ter tudo.
Ontem fui visitar o Museu Nacional de Belas Artes. Um grande museu com uma belíssima colecção de quadros europeus e argentinos. Para meu enorme prazer tem uma boa quantidade de quadros de impressionistas, os meus favoritos, Degas, Sisley, Monet, Manet, Van Gogh, Renoir e outros... Adorei!! e ainda por cima não se paga um tostão o que é incrível. Podiam ao menos fazer os estrangeiros pagar como em espanha.
Aproveitei, por curiosidade e porque é muito perto do museu, para ir ver o cemitério Recoleto. É onde está a campa da Evita... mas não há certeza de estar lá o corpo, como me diz um amigo argentino... Os turistas eram mais que muitos. O jazigo dela era bastante "modesto" comparando com outros ao lado. Aquele é o cemitério da gente fina, ou de nariz empinado como dizia com muita ghraça um outro amigo.
Agora que tenho internet móvel vou conseguir mandar notícias com mais regularidade.
beijos e abraços desde Buenos Aires!!!

Viagem

Meus queridos primos,
Sei que tenho abandonado um pouco este blog que se queria, digo eu, mais activo. O tempo disponível não é muito mas vou fazer os possíveis por participar mais.
Entretanto queria dizer-vos que estou de partida para Buenos Aires para umas férias, bem merecidas, de 15 dias. Se conseguir ter acesso a internet prometo que vou contando aqui as minhas aventuras.
Beijos e abraços!!!